Meu Disco Virtual

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Atenção, pessoal! Nesse DV estarão as AAAs em arquivo DOC e todo o material utilizado por mim no GESTARII. Para ter acesso a ele, entrem em contato por e-mail (coisasdeirene@gmail.com) e eu lhes enviarei minha senha.

O texto abaixo é uma pequena amostra do material do meu DV. Postarei algum material aqui... O restante, só no Disco Virtual.

A MENININHA E O GERENTE


__ Não, paizinho, não! Quero ir com você.
__ Mas meu bem, não posso levar você lá. O lugar não é próprio. Não vou demorar nada, só dez minutos. Seja boazinha, fique me esperando aqui.
__ Não, não! __ a garotinha soluçava. Agarrou-se à calça do pai como quem se agarra a uma prancha no mar. Ele insistia.
__ Que bobagem, uma menina da sua idade fazendo um papelão desses.
__ Você não volta!
__ Volto, ora essa, juro que volto, meu amor.
Prometendo, ele passava o olhar pela rua, impaciente. Ela baixara a cabeça, chorando. Estavam diante da papelaria. O gerente assistia à cena. O homem aproximou-se dele:
__ Faz-me o obséquio de tomar conta de minha filha por alguns instantes? Vou a um lugar desagradável e não posso levá-la comigo.
__ Mas...
__ Quinze minutos no máximo. É ali adiante. Muito obrigado, hein?
E sumiu. A garotinha continuava de olhos baixos, imóvel, dorso da mão esquerda junto à boca. O gerente passou-lhe a mão nos cabelos, de leve.
__ Vem cá.
Ela não se mexeu.
__ Como é que você se chama? Carmem? Luísa? Marlene?
Como não respondesse, o gerente foi desfiando nomes, sem esperança de acertar. Mas ao dizer “Estela”, a cabecinha moveu-se, confirmando.
__ Estela, você sabe que está com um vestido muito bonito?
Estela tirou a mão dos olhos, examinou o próprio vestido e não disse nada. Mas o gelo fora rompido. Daí ao pouco o gerente mostrava-lhe a caixa registradora e autorizava-a marcar uma venda de 200 cruzeiros.
__ Olha um gatinho. Ele mora aqui?
__ Mora.
__ E que nome tem?
__ Papel.
__ Mentiroso!
__ Então pergunte a ele.
O gato acordou, deixou-se afagar e tornou a dormir, desta vez nos braços de Estela.
O gerente olhou o relógio; tinham se passado quinze minutos, o homem não aparecia. “Bonito se ele não vier mais. O que vou fazer com esta garotinha, na hora de fechar?” Tentou lembrar o rosto do desconhecido, impossível. Já pensava em telefonar para a polícia, quando Estela o puxou pela perna:
__ Além da máquina e do gatinho, você não tem mais nada para me mostrar?
Ele abarcou com a vista a loja toda e sentiu-a mal sortida, pobre. “Eu devia ter aberto uma loja de brinquedos, pelo menos um bazar.” Experimentou com Estela o apontador de lápis, o grampeador. E o homem não vinha. É, não vem mais. Estela andava de um lado para o outro, dona do negócio. Ele, inquieto.
__ Não mexa nas gavetas, filhinha.
__ Não sou sua filhinha.
__ Desculpe.
__ Desculpo se você deixar eu abrir.
__ Então deixo.
Dentro havia balões, estrelinhas, saldo do último Natal. E ele que não se lembrava daquilo. Estela riu de sua ignorância, e o homem não vinha. O movimento de fregueses declinava. Na calçada, as filas de lotação iam crescendo. Daí a pouco, a noite. Estela soprou um balão, outro, quis soprar dois ao mesmo tempo. Um estourou. Ela assustou-se. Ele riu.
“Se o homem não aparecesse mais, que bom! Aliás a cara dele era de calhorda. Ainda bem que me escolheu.” Levaria Estela para casa, a mulher ia estranhar, fariam dela uma filha – a filha que praticamente não tinha mais, pois casara e morava longe, no Peru. E se o pai reclamasse depois? Ora, quem entrega a filha a um estranho, diz que vai demorar quinze minutos, passa uma hora e não volta, merece ter filha?
O empregado arriava a cortina de aço quando apareceram duas pernas, um tronco inclinado, uma cabeça.
__ Dá licença? Demorei mais do que pensava, desculpe. Muito obrigado ao senhor.
__ Vamos, filhinha.
O gerente virou o rosto, para não ver, mas chegou até ele a despedida de Estela:
__ Até logo, homem do balão!
E a filha ficou mais longe ainda, no Peru.
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos et alii. A menina e o gerente, 18 ed.São Paulo, Ática, 2000 v.3,p.54-6 (Col. Para Gostar de Ler)

De acordo com o texto que você leu, responda:
1) O pai da menina resolveu deixá-la sob os cuidados de uma outra pessoa por alguns instantes.
Por que tomou tal decisão?
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2) Numere os fatos de acordo com a seqüência com que ocorrem na história:
( ) A garota distraiu-se com o gatinho.
( ) Estela passou a brincar com os balões de encher.
( ) O gerente descobriu o nome da menina.
( ) O gerente tentou distrair a menina com os artigos que vendia na papelaria.

3) A volta do pai da garota trouxe conseqüências diferentes para a menina e para o gerente. Qual deve ter sido o sentimento da menina ao rever o pai? Explique.
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4) Em relação ao desfecho da narrativa, assinale as frases corretas:
( ) O gerente alegrou-se com a volta do pai da menina, pois temia que ele a houvesse abandonado.
( ) A volta do pai da garota causou um certo mal-estar no gerente, uma vez que ele já se imaginava com uma nova filha em casa.
( ) Como a menina temia que seu pai não retornasse, a volta dele representou, provavelmente, um momento de alívio para ela.
( ) O fato de a garota estar se divertindo na papelaria fez com que ela demonstrasse insatisfação ao rever o pai.

Leia o trecho.
“O empregado arriava a cortina de aço quando apareceram duas pernas, um tronco inclinado, uma cabeça.”
5) A classe gramatical dos vocábulos destacados acima, respectivamente, está correta na afirmativa:
( ) artigo indefinido – adjetivo – locução adjetiva.
( ) artigo indefinido – substantivo comum – locução adjetiva.
( ) artigo definido – substantivo comum – locução adjetiva.
( ) artigo definido – substantivo comum – adjetivo.

6) A alternativa que apresenta uma frase interrogativa é:
( ) Estavam diante da papelaria.
( ) Não, paizinho, não!
( ) Venha cá.
( ) Como é que você se chama?

7) Use (C) para as afirmativas corretas e (E) para as erradas. No caso de erradas, faça uso das linhas abaixo para fazer a correção necessária e validar sua resposta.
( ) Em – “Nas calçadas, filas e mais filas de lotação.” – temos uma frase que pode ser classificada como frase verbal ou oração. ______________________________________
( ) “Dá licença?” A frase apresenta um monossílabo tônico que é acentuado pela mesma regra de acentuação gráfica que a palavra lá. ______________________________________
( ) Em – “O pai da menina chegou antes que o gerente apagasse a última lâmpada.”- As destacadas recebem o acento gráfico porque são oxítonas terminadas em a. ______________________________________
( ) Em – “O gerente virou o rosto.” – os dois substantivos destacados são comuns e abstratos. _________________
( ) O substantivo correspondente ao adjetivo destacado na frase – “Aquele gerente mostrou-se atencioso com a menina.” – seria atenção. ______________________________________

8) Empregue os sinais de pontuação necessários para que se entenda o texto a seguir:

O lobo encontrou um cão muito forte e perguntou-lhe
Podes levar-me contigo
Claro
Gosto de ter bons amigos

Atividades (Projeto Correspondência)

CARTA DE LUISINHO

Caro Presidente. A professora mandou nós escrever uma carta para o senhor eu disse que achava que o senhor não ia ter tempo mas ela disse que ia sim que o senhor é legal acho que ela votou no senhor meu pai não e eu se pudesse votar votava no Enéas mas tudo bem desculpe eu não sou bom em vírgula. Espero que o senhor esteja passando bem e esteja bem animado para começar o governo deve ser como o primeiro dia de aula com os cadernos ainda limpinhos e aquele cheirinho bom de coisa nova depois é que começa a sujar espero que os seus não sujem. No primeiro dia de aula não sei se o senhor é como eu duvido mas eu sempre começo as aulas pensando assim vou acertar tudo vou me comportar bem todo mundo vai gostar de mim e esse ano juro que não vou borrar os cadernos e na segunda semana já borrei tudo. O senhor está gostando do palácio? Ouvi dizer que o Sarney desparafusou a cadeira do presidente para o senhor cair quando sentasse espero que não seja verdade mas até que ia ser engraçado não claro que não ia ser engraçado desculpe é brincadeira é que a professora disse para escrever como se fosse para um tio e eu tenho mesmo um tio Fernando e ele ri muito com minhas brincadeiras só que quando ninguém está olhando me dá beliscão espero que o senhor não mande ninguém me dar beliscão. Todo mundo está torcendo pelo senhor até meu pai porque tem que dar um jeito no Brasil e a professora disse para nós mandarmos sugestões para ajudar o senhor e a minha sugestão é a seguinte aumentar a duração do recreio e acabar com a crase mas isto não é o mais importante o mais importante é prender os ladrões de galinha porque aqui no Brasil só vai preso ladrão de galinha e assim mesmo quando a família da galinha dá parte na polícia é ou não é? Pega o dinheiro dos ladrões e divide uma parte para comprar comida pros pobres outra parte para pagar a dívida do Brasil porque senão os outros países quando a gente for pedir dinheiro vão se fazer de surdos que nem o meu pai quando eu peço a mesada e o Brasil não pode fazer como eu pedir pra mãe que sempre resmunga mas dá Agora importante mesmo é cuidar da educação porque é nas escolas que está o futuro do Brasil se bem que às vezes eu olho em volta e fico pensando que se o Nico Ranheta que senta do meu lado é futuro do Brasil estamos mal mas eu também sou o futuro do Brasil e eu acho até que daria um bom presidente se não precisar usar vírgula e tem a Martinha que daria uma boa ministra e inclusive usa óculos e o Beto Bundão que é tão inteligente que a Martinha cola dele e assim como nós fora o Nico Ranheta está cheio de gente nas escolas só esperando a oportunidade para aprender e ajudar a tirar o Brasil do buraco mas para isso tem que aumentar a mesada da educação. Bom era isso boa sorte cuidado quando sentar na cadeira não precisa responder mas não esqueça da gente.

Luisinho

a. Caracterize o emissor do texto em estudo (sexo, faixa-etária, nível socioeconômico, personalidade).

b. Embora criança, o emissor dessa carta tem bastante espírito crítico. Em todas as passagens a seguir, ele discute questões de ordem governamental. Identifique-as.“... os outros países vão se fazer de surdos..."... depois é que começa a sujar..."“... espero que o senhor não mande ninguém me dar beliscão."“... aqui no Brasil só vai preso é ladrão de galinha...

c. O que motivou a escrita dessa carta?

d. Que instruções o aluno recebeu para produzir seu texto?

e. A linguagem presente no texto combina com as instruções recebidas? Explique.

f. Desvios de pontuação são, em princípio, erros. Como se pode considerá-Ios no texto em estudo, tendo em vista a enunciação?

g. Que circunstância propiciou a produção dessa crônica? Prove através do texto.

h. O texto em estudo é uma crônica, escrita pelo cronista Luís Fernando Veríssimo. Refaça as questões F e G, tendo em vista a informação em destaque.

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CARTA DE JORGE AMADO

Ah!, moça, esta cidade da Bahia é múltipla e desigual. Sua beleza eterna, sólida como em nenhuma cidade brasileira, nascendo do passado, rebentando em pitoresco no cais, nas macumbas, nas feiras, nos becos e nas ladeiras, sua beleza tão poderosa que se vê, apalpa e se cheira, sua beleza de mulher sensual, esconde um mundo de miséria e de dor. Moça, eu te mostrarei o pitoresco mas te mostrarei também a dor.Vem e serei teu cicerone. Juntos comeremos no Mercado sobre o mar o vatapá apimentado e a doce cocada de rapadura. Serei teu cicerone. Mas não te levarei, apenas, aos bairros ricos, de casas modernas e confortáveis, a Barra, Graça, Vitória e Nazaré. Iremos nos piores bondes do mundo para a Estrada da Liberdade, onde descobrirás a miséria oriental se repetindo naqueles casebres do Japão e da China, te levarei aos cortiços, infames.Esse é bem um estranho guia, moça. Com ele não verás a casca amarela e linda da laranja. Verás igualmente os gomos podres que repugnam ao paladar. Porque assim é a Bahia, mistura de beleza e sofrimento, de fartura e fome, de ricos álacres e de lágrimas doloridas.Quando a viola gemer nas mãos de um seresteiro, nascido na Bahia e cheio da sua poesia, não reflitas sequer. Moça, a cidade da Bahia te espera e eu serei teu guia pelas ruas e pelos seus mistérios. Teus olhos se encherão de pitoresco, teus ouvidos ouvirão histórias que só os baianos sabem contar, teus pés pisarão sobre o mármore das igrejas, tuas mãos tocarão o ouro de São Francisco, teu coração pulsará mais rápido ao bater dos atabaques. Mas, moça, estremecerás também muitas vezes e teu coração se apertará de angústia ante a procissão fúnebre dos tuberculosos na cidade de melhor clima e melhor percentagem de tísicos do Brasil. A beleza habita nesta cidade misteriosa, moça, mas ela tem uma companheira inseparável que é a fome.Se és apenas uma turista ávida de novas paisagens, de novidades para virilizar um coração gasto de emoções, viajante de pobre aventura rica, então não queiras esse guia. Mas se queres ver tudo, na ânsia de aprender e melhorar, se queres realmente conhecer a Bahia, então, vem comigo e te mostrarei as ruas e os mistérios da cidade de Salvador, e sairás daqui certa de que este mundo está e que é preciso refazê - lo para melhor. Porque não é justo que tanta miséria caiba em tanta beleza. Um dia voltarás, talvez, e então teremos reformado o mundo e só a alegria, e a saúde e a fartura caberão na beleza imortal da Bahia.Se amas a humanidade e desejas ver a Bahia com olhos de amor e compreensão, então serei teu guia. Riremos juntos e juntos nos revoltaremos. Qualquer catálogo oficial, ou de simples cavação, te dirá quanto custou o Elevador Lacerda, a idade certa da Catedral, o número certo dos milagres do Senhor do Bom Fim. Mas eu te direi muito mais. Junto com o pitoresco e a poesia te direi da dor e da miséria.Vem, a Bahia te espera. É uma festa e é também um funeral. O seresteiro canta seu chamado. Vou mandar que batam o atabaques e os saveiros partam em sua busca no mar. Serão a doce brisa e os eventos e as palmas dos coqueiros que te saudarão das praias.Vem, a Bahia te espera!

( Jorge Amado )

ANÁLISE DO TEXTO

"Ah! Moça, esta cidade da Bahia é múltipla e desigual."

1- Para confirmar essa declaração inicial, que representa uma síntese do que o narrador pensa a respeito da Bahia, redija um pequeno texto mostrando os recursos dos quais o narrador lança mão para desdobrar essa síntese.

2- Em toda a extensão do texto, as palavras beleza e mistério se opõem sistematicamente. Essa oposição pode ser considerada como a idéia central do texto emtorno da qual giram as considerações do narrador sobre a cidade da Bahia. Retire do texto seis passagens que confirmem essa afirmação.

3- " ... Não é justo que tanta miséria caiba esse tanto de beleza." Redija um pequeno texto explicando essa passagem.

4- Jorge Amado pretende fornecer mais do que simples informações sobre a cidade da Bahia. Ele pretende também atingir o leitor e mostrar o que sente em relação a essa cidade. Redija um pequeno texto justificando essa afirmação.

5- A busca de expressividade leva, muitas vezes, ao desvio daquilo que é considerado lógico. Nas passagens abaixo, há exemplos desses "desvios":· "... Sua beleza eterna, sólida como em nenhuma cidade brasileira..."· "... eu te mostrarei também a dor..."· " Quando a viola gemer nas mãos do seresteiro...· " ... Seus olhos se encherão de pitoresco.· " ... serei teu guia pelas ruas e pelos seus mistérios...· " ... na cidade de melhor clima e de melhor percentagem de tísicos do Brasil."Identifique as expressões logicamente esperadas

6- "...pobre aventura rica." Explique essa expressão comparando-a com "rica aventura pobre".

7- Imagine-se o(a) convidado(a) de Jorge Amado para conhecer a cidade da Bahia. Escreva-lhe uma carta, aceitando ou recusando o convite.

8- Escreva uma carta a Jorge Amado convidando-a para uma visita à cidade de Minas Novas. Descreva os pontos positivos e negativos desta cidade para que ele saiba o que realmente encontrará aqui, ao chegar.

Projeto Correspondência

“As palavras sabem muito mais longe.”
(Bartlomeu campos Queiroz)

1. JUSTIFICATIVA:Tendo em vista a necessidade de se fazer a integração entre os alunos da escola e ainda com alunos de outras escolas, consideramos relevante aproveitar este assunto para explorar vários aspectos, tais como: a linguagem, a ortografia e a utilidade de uma carta para a nossa vida, além de revelar uma aprendizagem (e quem sabe um ensino) de produção de escrita deficiente, sem ou com pouca significação. Como vivemos em uma sociedade democrática, saber escrever uma carta constitui um grande instrumento, devendo, portanto, estar ao alcance de todo cidadão.

2. OBJETIVO GERAL:· Desenvolver o lado social dos alunos, utilizando a correspondência, como meio de expressar suas experiências, valorizando assim seus conhecimentos, e que os mesmos despertem para o ato de ler e escrever de forma significativa.Trabalhar com os alunos o valor da amizade, a troca da amizade, a troca de conhecimentos, divisão de espaço, conhecimento do desconhecido. – Vivenciar a função social da escrita conhecendo vários tipos e formas de comunicação (foto, carta, bilhete, cartões, painéis, convites, etc.).

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:Þ Valorizar um dos recursos de comunicação;Þ Identificar a utilização deste meio de comunicação nos dias de hoje;Þ Desenvolver a criatividade;Þ Desenvolver a escrita e a ortografia;Þ Provocar a socialização entre as turmas.

4. PROCEDIMENTOS:Þ Sessão de cinema com o filme “O Carteiro e o Poeta”;Þ Momento musical: música “Mensagem”;Þ Confecção de cartas;Þ Atividades variadas que levem a compreensão do assunto;Þ Exposição de cartazes no “Festival de Aprendizagem” (a ser realizado em salade aula).
5. RECURSOS:Þ Televisão;Þ Vídeo;Þ Aparelho de Som;Þ Filmes;Þ Cartaz;Þ Dicionário;Þ Textos;Þ Imagens;Þ Cartas.

6. AVALIAÇÃO:A avaliação será realizada durante o desenvolvimento do projeto e do interesse mostrado pelos alunos.

7. DESENVOLVIMENTO

1. Trabalhar o gênero textual carta.

2. Propor o projeto para os alunos e compartilhar o produto final sendo uma confraternização entre as duas turmas.

3. Sorteio dos nomes. A escrita da primeira comunicação deverá ser uma descrição física com algum aspecto emocional junto (alegre, triste, carinhoso) e desenho do auto-retrato.

4. Trabalhar o livro Correspondência de Bartolomeu Campos de Queirós.

5. Confecção do cartaz contendo envelopes com os nomes das crianças, para que o colega possa deixar a correspondência (caixa de correio).

6. Dados de preenchimento de um envelope.

7. Escrita de lista das coisas que mais gosta de fazer (brincadeiras, comidas, desenhos)

8. Montagem de cartaz com fotos e legenda da turma.

9. Escrita de carta coletiva com aspectos relevantes da turminha: avaliação do projeto até o momento, o que as crianças já aprenderam com os novos amigos, o que mais gostaram até agora, como esperam que o projeto prossiga...

10. Escrita de carta (coletiva?) contando como é a aula, as brincadeiras, o que precisa melhorar, tudo com desenho e legenda.

11. As atividades que as crianças fazem na classe: troca de uma atividade e relatório das demais atividades realizadas em sala de aula.

12. Devolução da atividade com apreciação da mesma em texto coletivo e bilhete individual sugerindo alguma outra relativa que os alunos conheçam ou já tenham feito, gostaram e queiram compartilhar.

13. Aspectos da vida familiar do aluno: as pessoas que moram na mesma casa, grau de parentesco e desenho.

14. Troca de experiências: de que modo as crianças têm utilizado a escrita em suas vidas. Como recebem e passam as informações que precisam, como costumam ser a maior parte da comunicação com as pessoas que conhecem.

15. Troca de sugestões sobre filmes assistidos, passeios, leitura de livros, etc. Possibilidade de escrita de uma resenha.

16. Preparação para a confraternização (peça de teatro, sarau de poesias, canto coral, gincana, preparação de receitas, brincadeiras, etc).

17. Confecção e escrita dos convites para a confraternização.

18. Troca de endereço para quem quiser continuar se correspondendo (a autorização dos pais é necessária).

Coisas de Irene

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdidaA minha face?
(Cecília Meireles)